A Fisioterapia obstétrica consiste em preparar as mulheres para uma gestação e pós – parto saudáveis, auxiliando nas adaptações biomecânicas, para que possa desfrutar dessa etapa com conforto e segurança. Esse tipo de fisioterapia pode ser realizado independente do parto: cesárea ou natural. Os exercícios são de acordo com cada fase da gestação, a partir do segundo trimestre quando normalmente se tem o aval do obstetra. A avaliação é individualizada e os exercícios são de acordo com a necessidade de cada uma.
Geralmente entre a 14ª e 34ª semana de gestação focamos em exercícios para preparação do corpo para adaptação gestacional, com objetivo de evitar disfunções durante a gestação, tais como: Incontinência urinária, dor lombar e pélvica, postura inadequada, diástase abdominal, fadiga muscular, cansaço, indisposição, entre outros. Além de melhorar no processo de recuperação no pós-parto.
São realizados exercícios funcionais associados a exercícios de:
Fortalecimento global, principalmente das musculaturas de estabilização do corpo (transverso do abdome, diafragma respiratório, assoalho pélvico).
Correção da postura nas atividades diárias
Conscientização corporal
Percepção das musculaturas
Exercícios respiratório.
A partir de 35º semanas de gestação o foco é totalmente direcionado para a preparação da mulher para o parto natural. Nesta fase da gestação a Fisioterapia Obstétrica tem como objetivo preparar a musculatura do assoalho pélvico para evitar lacerações da musculatura ou a necessidade da episiotomia (que é o pic, quando o médico tem que cortar o períneo no momento do parto) e realizar movimentos que facilitem o encaixe e a descida do bebê .
São realizados exercícios de:
Mobilidade pélvica
Massagem e alongamento perineal
Treino do período expulsivo associado a respiração
Conscientização corporal.
No trabalho de parto a Fisioterapia Obstétrica tem como objetivo diminuir o tempo no trabalho de parto com movimentos que ajudam aumentar o diâmetro da pelve, facilitando a descida do bebê de acordo com cada fase que ele se encontra na pelve. E também ajuda com recursos para alívio da dor, tais como: Termoterapia, massagem relaxante, eletroestimulação(TENS), exercícios respiratórios - evitando ou adiando ao máximo meios farmacológicos.
A paciente é acompanhada desde o início do trabalho de parto até o nascimento do bebê.
A fisioterapia em Urologia atua nos distúrbios como:
Incontinência urinária: É a perda involuntária da urina pela uretra. Existem alguns tipos de incontinência urinária.
Incontinência de esforço: Ocorre durante algumas atividades de esforço, como tossir, espirrar, rir ou realizar exercícios.
Incontinência de Urgência: Envolve a necessidade súbita de urinar, seguida de uma contração instantânea da bexiga e a perda involuntária de urina.
Incontinência de sobrefluxo: Ocorre quando a bexiga não se esvazia por completo, levando ao gotejamento.
Incontinência Mista: Envolve mais de um tipo de incontinência urinária.
Enurese noturna: É a incontinência que ocorre durante o sono. O exemplo mais típico é o da criança que faz xixi na cama. Embora a maioria das crianças já tenha aprendido a controlar a micção em torno dos três aos quatro anos de idade, considera-se normal que algumas crianças ainda urinem na cama até os cinco ou seis anos.
Noctúria: Ocorre quando a pessoa urina muito durante a noite, mais especificamente quando a pessoa acorda para urinar mais de duas vezes durante a noite. Em geral o problema envolve a superprodução de urina e o impulso de urinar diversas vezes.
Retenção Urinária: É definida como a incapacidade de esvaziar a bexiga completamente ou parcialmente. Sofrer de retenção urinária significa que você pode ser incapaz de iniciar a micção, ou se você é capaz de começar, você não consegue esvaziar completamente a bexiga
Bexiga Hiperativa: É uma síndrome caracterizada pela contração involuntária do músculo da bexiga durante o seu enchimento com urina. Seus sintomas mais característicos são o aumento do número de micções (a pessoa pode urinar mais de 8 vezes ao dia) e a urgência urinária (vontade súbita de urinar). Uma pessoa com bexiga hiperativa não consegue controlar a bexiga para que ela fique em repouso. Assim, o músculo da bexiga contrai, provocando bastante desconforto e desejo urgente de urinar, algumas vezes com perda de urina.
Incontinência urinária pós-operatório de prostatectomia: A próstata está na região da bexiga e do esfíncter. 90% dos casos de incontinência em pacientes com câncer de próstata ocorrem por causa de lesão no esfíncter durante a cirurgia. O estágio da doença e a idade do paciente também influenciam. "Após a cirurgia, o homem fica de 7 a 14 dias com sonda. Os pacientes que apresentam incontinência têm reversão do quadro em alguns meses. É bom lembrar que exercícios que fortalecem a musculatura ajudam o homem a recuperar o controle da urina.
Prolapsos de órgãos pélvicos "bexiga caída": O prolapso de órgãos pélvicos ocorre quando os músculos e ligamentos pélvicos ficam enfraquecidos e incapazes de manter os órgãos pélvicos no lugar. Assim, os órgãos podem se deslocar para a região pélvica. Mulheres com prolapso muitas vezes têm uma sensação de peso sobre a vagina ou pelve. Elas podem se queixar de uma sensação de estarem "sentadas em uma bola" ou notar uma protuberância ou massa saindo da área vaginal durante o banho. Às vezes, essa sensação de peso ou abaulamento é sentida mais no final do dia, depois do trabalho ou de ficar em pé durante todo o dia. Outros sintomas incluem dor durante a relação sexual, incontinência urinária e problemas intestinais.
Recursos usados:
A fisioterapia em coloproctologia atua nos distúrbios como:
Constipação intestinal: Prisão de ventre e intestino preso são os nomes populares pelos quais é conhecida a constipação (ou obstipação) intestinal, um distúrbio comum caracterizado pela dificuldade persistente para evacuar. Só se considera um quadro típico de constipação quando ocorrem duas ou menos evacuações por semana e/ou o esforço para evacuar é grande demais e pouco produtivo.
Contração paradoxal do músculo puborretal: Relaxamento inadequado da musculatura do assoalho pélvico, mais especificamente o músculo puborretal, no momento da evacuação, apresentando dificuldade para evacuar e a sensação de esvaziamento incompleto.
Incontinência Anal: O termo incontinência anal (IA) é utilizado para englobar a perda involuntária tanto de material fecal (sólido ou líquido) quanto de gases. É caracterizada pela incapacidade de manter o controle fecal em local e tempo socialmente adequados.
Estenose anal: É o estreitamento do canal anal devido alguma complicação de cirurgia anal ou de doenças anais. É classificada em três grupos: Grau I - presença de deformidade anatômica, diminuição da elasticidade do canal anal e do diâmetro circunferencial; Grau II - além das lesões anteriores, há também a presença de cicatriz fibrótica; Grau III - além das alterações mencionadas para I e II, há existência de uma fissura anal. Pode apresentar sintomas como dificuldade para evacuar e dor na região anal.
Síndrome do intestino irritável: É uma desordem gastrointestinal caracterizada por dor abdominal crônica ou recorrente, ou desconforto e hábitos intestinais alterados (constipação, diarréia ou ambos). A fisioterapia, através de aparelhos específicos, realiza tratamentos com o objetivo de reduzir os sintomas e fazer com que os pacientes levem uma vida melhor, através de terapia de consciência corporal e eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS).
Estas disfunções alteram a qualidade de vida dos pacientes, chegando a reduzir o seu convívio social. Assim, o tratamento fisioterapêutico tem como objetivo melhorar esse quadro por meio de:
O tratamento é individualizado e de acordo com a necessidade de cada paciente com base na avaliação.
Vaginismo: É uma disfunção sexual feminina que provoca a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico tornando dolorosa ou impossível a penetração, quer seja durante a relação sexual, exame ginecológico, aplicador de pomada, absorvente interno, entre outros objetos, mesmo que a mulher tenha o desejo em realizá-lo. Há casos em que a mulher consegue realizar exames ginecológicos, mas não é capaz de ter relações sexuais, pois relatam dor, sensação de ardência e/ou queimação. Existem ainda casos mais severos com pacientes que se mantêm virgens por muitos anos após o casamento, pois apresentam incapacidade de permitir a penetração.
Muitas vezes encarado como "frescura", o problema tem cura e merece atenção. O tratamento é individualizado e de acordo com a necessidade de cada paciente com base na avaliação.
Dispareunia: A ocorrência de dor, durante ou após a relação sexual com penetração,bem como tentar executar outras atividades semelhantes pode ser caracterizada como dispaunia. Essa dor pode ser superfical, na abertura da vagina, ou profunda, dentro da pelve. O diagnóstico se da pela descrição da mulher a respeito do problema, quando e onde ocorre as dores, e por meio de um exame físico.
Vulvodínea: É uma doença caracterizada pela ardência e dor na região genital da mulher, na área da vulva, podendo se estender até o clitóris. A doença é pouco conhecida e em muitos casos pode causar dor pélvica crônica, queimação, irritação e dores durante a relação sexual. Para quem sofre com o problema, ações simples como colocar um absorvente interno, andar de bicicleta e usar calças jeans, tarefas que levam a uma pressão sobre a vulva, podem gerar dor e ardência. Até mesmo um simples toque na região pode causar um incômodo.
Dismenorréia: Os períodos menstruais dolorosos (também chamados de dismenorréia) podem incluir dor no abdômen, nas costas e nas pernas, cólicas abdominais, dor de cabeça e fadiga. A maioria das mulheres sofre períodos dolorosos em algum momento de suas vidas. Em algumas mulheres, a dor é grave o suficiente para interferir nas atividades normais.
Flacidez Vaginal: É relativamente comum em mulheres de meia idade. "Essa alteração ocorre principalmente na menopausa, causada pela queda do estrogênio, e também pelo sedentarismo, tabagismo e múltiplos partos. A mulher não consegue contrair os músculos entre a vagina e o ânus e, consequentemente, fica com a vagina mais flácida". Para muitas mulheres, o simples ato de espirrar ou tossir pode gerar um constrangimento de perder urina involuntariamente. Pode ocorrer prolapso da bexiga e do útero, que é conhecido popularmente como bexiga e útero baixo. Algumas mulheres apresentam disfunções sexuais como saída de ar pela vagina, prisão de ventre e flacidez dos grandes e pequenos lábios, interferindo diretamente na vida sexual.
Homens e mulheres podem sentir dor ou desconforto durante as relações sexuais. Aproximadamente 40% das mulheres experimentam algum tipo de problema sexual durante a vida. No entanto, a maior parte dos problemas relacionados ao assoalho pélvico, pode ser solucionada com a fisioterapia pélvica, proporcionando melhora do prazer sexual e aumentando a capacidade orgástica.
Os principais fatores abordados nos tratamentos são:
- Auto-conhecimento - Consciência corporal
- Percepção das musculaturas
- Aprender a integrar a musculatura do assoalho pélvico na vida diária
Recursos usados:
Biofeedback eletromiográfico
Dilatadores
Massagem perineal
Exercícios pélvicos
O tratamento é individualizado e de acordo com a necessidade de cada paciente com base na avaliação.
Aqui no Consultório Carvalho, único em Mogi das Cruzes e região dedicado exclusivamente à fisioterapia pélvica, oferecemos estrutura acolhedora com os melhores equipamentos da área e contamos com profissionais especializados para cuidar da sua saúde com a atenção que você merece.
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